Em um cenário em que o CDI está, e deve ficar por um bom tempo, bem abaixo do padrão histórico, a busca por ativos de maior retorno, que já estava em curso antes da crise, aos poucos volta a dar as caras.
Esse é o caminho inevitável que gestores de patrimônio enxergam para os investidores brasileiros. Naturalmente, em um momento em que as incertezas ainda são elevadas, a cautela tende a ser maior. O foco, contudo, precisa estar mais voltado para o médio e longo prazo, alertam os especialistas.
Desde que o investidor esteja disposto a buscar ativos com maior prazo de vencimento, ainda há prêmios atraentes para alguns títulos públicos de maior risco, por exemplo os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+, antes conhecido por “NTN-B”) de prazo intermediário, com vencimentos em 2025 ou 2030.
Ainda no campo da renda fixa, mas com uma expectativa maior de retorno (e de risco), o segmento de crédito privado, passou a oferecer taxas de juros acima do usual como reflexo da crise. Opções como Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio (CRIs e CRAs), bem como em debêntures de infraestrutura, isentas de IR, com prêmio real na casa dos 3% devem ser avaliadas pelo investidor.
Se quiser retornos mais expressivos, o investidor terá que ir para a Renda Variável. Embora no curto prazo, a Bolsa ainda deva balançar bastante com a volatilidade acima da média observada nos mercados, acredita-se bons resultados em um horizonte de 18 a 24 meses.
Fonte: Infomoney